Martelo batido para a contraproposta apresentada pela APLB Sindicato aos trabalhadores em educação de Juazeiro e aprovada por unanimidade durante assembleia realizada nesta quarta-feira (29), após reunião com o secretário Wank Medrado e a prefeita Suzana Ramos.
A direção da entidade repassou o que foi discutido com o município sobre o pagamento do reajuste do piso nacional do magistério de 14,95%.
As reivindicações foram levadas ao governo municipal na semana passada durante encontro com o chefe de gabinete César Miller, logo após grande manifestação pelas ruas da cidade que reuniu trabalhadores em educação, estudantes do ensino médio da rede estadual e universitários.
A categoria estava ansiosa para tratar da pauta do reajuste e todos atenderam ao chamado comparecendo em peso à assembleia para ter conhecimento do que foi proposto pelo governo municipal e o que a APLB lançou como contraproposta. O diretor da APLB Sindicato, Gilmar Nery informou que a proposta inicial do município para o reajuste só chegaria a 11%, mas a prefeita, mesmo que de forma parcelada, vai cumprir o pagamento do piso após aceitar a contraproposta apresentada pela APLB.
A APLB Sindicato propôs pagamento de 9% de imediato retroativos a janeiro e outros 3% em setembro e 3% em novembro sem retroativo e foi aprovada pela categoria. “A proposta da APLB foi feita considerando a paridade, o retroativo, a integralidade e o reajuste na carreira para os trabalhadores em educação ativos e também os que fazem parte do IPJ – Instituto de Previdência de Juazeiro. Sabemos que toda negociação é difícil, mas precisamos ter consciência de que temos que ser bem sensatos na hora de avaliar a situação colocada pela gestão”, afirma Gilmar. Um documento com o resultado da assembleia será encaminhado ao município.
O professor Tony Martins disse que é necessário fazer uma reflexão de que a luta sempre vai ter dois lados. “Não devemos fragilizar o lado a que pertencemos e não há espaço para intransigência. Apesar de todas as divergências precisamos reconhecer os esforços da gestão, mesmo que não sejam as desejadas”, afirmou.
A professora Auxiliadora Fernandes falou que todos devem estar otimistas e lembrou que só o fato de a proposta contemplar os professores aposentados já é uma vitória e é preciso pensar no todo. “Todos gostariam de estar recebendo o reajuste desde janeiro, mas não podemos ir de encontro ao que está sendo colocado pensando nos contratempos que podem surgir com nossa recusa em aceitar”.
Já a professora Cida Miranda enfatizou a importância em apoiar e fortalecer a entidade que os representa. “Mesmo não tendo ido à manifestação da semana passada falo aqui com autoridade em defesa da contraproposta, pois acredito na força da APLB. Sabemos como é difícil lidar com as negociações, mas temos que reconhecer que as discussões e resultados avançaram”, ressaltou.
Também estiveram presentes à assembleia os vereadores Alex Tanury e Mitu.
Ascom/APLB