No 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a APLB Sindicato se une à Universidade do Estado da BAhia (UNEB) e à União de Negros e Negras pela Igualdade (UNEGRO) numa homenagem que vai celebrar as mulheres negras que contribuem para o desenvolvimento social da Bahia.
O evento será realizado no auditório da sede da APLB, na Rua Cícero Feitosa, bairro Alagadiço, a partir das 18h.
O evento contará com mesa de debate composta pela secretária executiva da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (SEPROMI) e da professora doutora da UNEB, Edonilse Barros. Além disso haverá apresentação musical com o cantor Paulo César de Andrade Carvalho e, claro, a participação das mulheres homenageadas. Elas que, em seus espaços, realizam trabalhos transformadores que fortalecem a valorização das pessoas e das suas raízes culturais, contribuindo com o fortalecimento da sociedade e suas riquezas sociais.
Para o diretor da APLB Sindicato em Juazeiro, Gilmar Nery, esse é um momento de dar visibilidade e apoio à luta da mulher negra. “Sabemos bem como as mulheres negras não só em nosso país, mas em todo o mundo sofreram e ainda sofrem e temos que ter compromisso de contribuir para uma realidade diferente da que a história na literatura e nos inúmeros relatos desnudados pela imprensa e pelos órgãos de defesa mostram todos os dias. Por esse motivo, estamos unindo forças e vozes com a Unegro e a Uneb nesse Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Esperamos a participação de grande público neste evento que é tão importante para nossa sociedade”, afirmou Gilmar.
História
A data que é dedicada às mulheres negras latino-americanas e caribenhas não é apenas símbolo de uma luta histórica, é também a memória da importância da união feminina em fortalecimento e proteção pela reivindicação e conquista de direitos básicos. A data foi instituída em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. No Brasil a data homenageia a líder quilombola, Tereza de Benguela, representante da resistência à opressão e escravidão de negros e indígenas no século XVIII, que esteve por décadas no comando do Quilombo Quariterê.
A história registra as primeiras articulações do movimento negro feminino a partir do século XIX, enquanto movimento organizado se iniciou na década de 70 com a criação do Movimento de Mulheres Negra. O período brasileiro de Necropolítica – conceito filosófico que faz referência ao uso do poder social e político para decretar como algumas pessoas podem viver e como outras devem morrer – afeta diretamente as mulheres negras seja pela violência nas favelas, o feminicídio, pela desigualdade social avassaladora no enfrentamento a pandemia ou pela fome que vem aumentado dramaticamente.
Ascom/APLB